O prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, anunciou nesta segunda-feira a assinatura de contrato para a compra de um milhão de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca. No entanto, faltou combinar com o laboratório inglês, que desmentiu o acordo e reiterou que não pretende negociar com municípios, estados nem iniciativa privada.
“No momento, todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, incluindo da Covax Facility, não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado ou para governos municipais e estaduais no Brasil”, informou, em nota, o laboratório.
Mais cedo, depois de mais um dia de aglomerações e confusões nos postos da cidade, o prefeito Washington Reis divulgou um suposto contrato com o laboratório, que na verdade era uma manifestação de intenção de compra de um milhão de doses da vacina. Na minuta, cada dose supostamente custaria US$ 7,90, que daria um total de US$ 7,9 milhões, aproximadamente R$ 43,5 milhões, valor que o prefeito garantiu ter em caixa.
— Temos saldo no cofre da prefeitura de Caxias para isso. Minha meta é agora para abril. Vou vacinar todo mundo acima de 16 anos e, se os cientistas liberarem, vacinamos até crianças de berço — disse Reis, antes de ter a compra desmentida pela AstraZeneca.
Sobre a logística da vacinação na cidade da Baixada Fluminense, que vem registrando seguidamente episódios de aglomeração e nesta terça teve idosos passando mal e desmaiando após horas de espera sob o sol, nada muda. O movimento seria ‘normal’, pois a população estaria ansiosa para se imunizar.
— Os locais ficam cheios porque as pessoas querem se vacinar. Pior seria se quisessem e não tivesse vacina. Eu adotei a filosofia desde a primeira hora de que vacina que chega a gente aplica, nada fica guardado. Chegando mais vacina, vamos iniciar o 'vacinaço' em Duque de Caxias — completou o prefeito.
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