Agentes foram nas casas do pai do parlamentar, em Bangu, Zona Oeste do Rio, e dos avós maternos do menino Henry, morto aos quatro anos no último dia 8
A Polícia Civil cumpre quatro mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira em endereços de parentes do vereador Jairo Souza, o Dr. Jairinho. A operação foi iniciada antes das 6h. Agentes estão nas casas do pai do parlamentar, em Bangu, Zona Oeste do Rio, e dos avós maternos do menino Henry, morto aos quatro anos no último dia 8. As informações foram divulgadas pelo programa Bom Dia Rio da TV Globo.
Uma ex-namorada do vereador acusou o político de ter agredido a filha dela alguns anos atrás. Segundo ela, na época da agressão, a filha era menor de idade. Ela, que não teve a identificação divulgada não deu detalhes de como e porquê teria acontecido o crime.
A testemunha revelou ainda que depois da morte de Henry, recebeu uma ligação do ex-companheiro. No entanto, não disse qual teria sido o teor da conversa.
Na quarta-feira (24), uma jovem, que teve a identidade preservada, falou à polícia. A adolescente seria filha da mulher que teve um relacionamento com o vereador durante dois anos. O depoimento foi registrado como denúncia de tortura. Ela revelou ter sofrido agressões do vereador quando tinha 4 anos de idade.
A mãe da adolescente também chegou a relatar que foi agredida por Dr. Jairinho na época em que os dois se relacionavam. Ainda segundo a mulher, ela decidiu fazer a denúncia após a morte do menino Henry.
O vereador nega que tenha cometido qualquer violência.
Corpo de menino Henry deve ser exumado
Em entrevista ao Fantástico, no último domingo (21), o advogado do pai de Henry, afirmou que estuda pedir a exumação do corpo da criança. O menino morreu no último dia 8, após ser deixado na casa da mãe, Monique Medeiros, pelo pai da criança, Leniel Borel.
Pai e filho tinham passado o fim de semana juntos e durante a madrugada, a mãe e o padrasto, o vereador Doutor Jairinho, encontraram a criança desmaiada no chão do quarto do casal. Ele foi levado a um hospital na Barra da Tijuca, onde teve a morte constatada.
"O nosso papel como defesa do pai não é incriminar A ou B, é saber a verdade. Por que o menino morreu daquele jeito? Daquela forma?", disse Leonardo Barreto.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou diversas lesões pelo corpo da criança, infiltrações hemorrágicas nas partes frontal, lateral e posterior da cabeça, contusões no rim, no pulmão e no fígado. A causa da morte seria "hemorragia interna causada pelo rompimento do fígado".
Deixe sua opinião