Segundo denúncias do Coren, dois filhos, de 16 e 20 anos, de um diretor da Organização Social haviam tomado a vacina sem ser do grupo prioritário
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DCC-LD), cumpre, nesta segunda-feira, mandados de busca e apreensão contra suspeitos de furar a fila da vacina da Covid-19. Segundo denúncias do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren/RJ), dois filhos, de 16 e 20 anos, de um diretor da Organização Social haviam tomado a vacina sem ser do grupo prioritário.
Os mandados estão sendo cumpridos na casa de dois diretores da Organização Social (OS) Instituto Sócrates Guanaes e no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, que é administrado pela OS. Os agentes devem apreender documentos e provas sobre denúncias de "Fura-Fila" de vacina nas salas da Diretoria, Vacinação, Recursos Humanos e Arquivo do Hospital.
Na última semana, foram realizadas diligências no local e foram encontradas diversas rasuras e vulnerabilidades na lista de vacinados, inclusive o nome do filho do diretor de 16 anos como "acadêmico de medicina".
Imediatamente, os agentes representaram pela busca e apreensão das listas de vacinados e listagem de estagiários, acadêmicos, internos e residentes da unidade para confrontar com a lista de vacinados. Cabe ressaltar que a Polícia Civil apreenderá os documentos originais e fornecerá cópias de todo material para que não haja prejuízo ao calendário de vacinação.
Imediatamente, os agentes representaram pela busca e apreensão das listas de vacinados e listagem de estagiários, acadêmicos, internos e residentes da unidade para confrontar com a lista de vacinados. Cabe ressaltar que a Polícia Civil apreenderá os documentos originais e fornecerá cópias de todo material para que não haja prejuízo ao calendário de vacinação.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que recebeu, até o momento, 510 comunicações sobre supostas irregularidades no que diz respeito à prioridade na vacinação contra a Covid-19.
Todas as comunicações foram encaminhadas pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Saúde (CAO Saúde/ MPRJ) às Promotorias de Justiça com atribuição para análise, tendo sido instaurados 27 Procedimentos Administrativos, quatro Inquéritos Civis e um Procedimento Investigatório Criminal (PIC).
"Dos 27 Procedimentos Administrativos, quatro foram instaurados na capital, seis na região metropolitana, cinco em Cabo Frio, nove em Itaperuna, um em Campos dos Goytacazes, e dois em Nova Friburgo. Dois ICs foram instaurados em Belford Roxo, um em Teresópolis, um em Três Rios (referente ao Município de Sapucaia). O PIC foi instaurado na cidade de Itaboraí", disse o MP em nota.
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