O Facebook e o Twitter derrubaram as contas oficiais do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso na terça-feira após ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Sua conta no Instagram também foi bloqueada pela empresa.
As plataformas atenderam a uma decisão do STF. Até o inÃcio da manhã desta sexta, o perfil de Silveira estava no ar, mas foi bloqueado por volta do meio-dia. Durante a a manhã, uma postagem relatando o bloqueio do Instagram, na qual se diz "censurado", e outra de teste foram feitas.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro e investigado no Supremo por participação em atos antidemocráticos, Silveira publicou um vÃdeo em suas redes sociais fazendo ataques, com xingamentos e palavrões, ao ministro Edson Fachin e aos demais ministros da corte, após as crÃticas feitas por Fachin, nesta semana, à interferência de militares no Judiciário.
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Na quarta-feira, um dia após a ordem de prisão ter sido expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, os 11 ministros do STF decidiram, por unanimidade, confirmar a prisão em flagrante. Ao votar em plenário, Moraes considerou “gravÃssima” a conduta do parlamentar.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também acusou o deputado de cometer o crime de coação no curso do processo e outros dois delitos da Lei de Segurança Nacional, em denúncia apresentada ao STF nesta quarta-feira. Para a PGR, as manifestações ultrapassaram a proteção da imunidade parlamentar, argumento utilizado por aliados para reverter a decisão de prendê-lo.
A Câmara dos Deputados decide nesta sexta-feira o destino de Daniel Silveira. A sessão, marcada para começar às 17h, tem o objetivo de apreciar a medida cautelar do STF contra o bolsonarista através de uma uma votação aberta e nominal.
A expectativa, até mesmo de aliados de Silveira, é pela manutenção da prisão, já que, segundo lÃderes partidários, 18 das 24 bancadas da Casa desejam referendar a decisão da Suprema Corte.
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