Em decisão tomada em novembro, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou para a Justiça do Distrito Federal um processo em que Jullyene Cristine Santos Lins, ex-mulher do deputado Arthur Lira (PP-AL) o acusa de difamação e injúria. Ainda há um recurso da defesa pendente de análise e, por enquanto, o caso prossegue no STF. Lira é candidato a presidente da Câmara com o apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Jullyene disse que sofreu danos em sua honra em razão de uma declaração dada por Lira à revista Veja. Em entrevista, ela afirmou que o deputado acumulou fortuna recebendo propina. Em resposta, ele disse: “Ela é uma vigarista profissional querendo extorquir dinheiro, inventando histórias. Meu patrimônio é o que está declarado no TSE.”
Barroso entendeu que as declarações de Lira não têm relação com o exercício do mandato parlamentar. Assim, não cabe ao STF analisar o caso. Ele mandou o processo para um dos juizados de violência doméstica de Brasília, uma vez que Lira, como deputado, mora em Brasília.
Ainda em novembro, depois da decisão do ministro, a defesa do parlamentar recorreu. A linha de raciocínio é que as declarações dele foram dadas em resposta a uma reportagem que fala de sua atuação política e parlamentar. Logo, o caso deve ser analisado pelo TF.
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