Com o leilão dos ativos móveis, operadora Oi desaparece do mercado brasileiro, enquanto as três gigantes aumentam ainda mais sua participação. Este foi o segundo leilão de ativos da empresa realizados dentro do processo de recuperação judicial da companhia.
O consórcio formado pela Tim, Vivo e Claro arrematou, na tarde desta segunda-feira (14), os ativos da rede móvel da operadora Oi por R$ 16,5 bilhões. O leilão foi realizado pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro e faz parte do plano de recuperação judicial da companhia iniciado em 2018.
Com o resultado do leilão, a Oi deve desaparecer do mercado de telefonia móvel brasileiro. Agora, ela detém apenas os ativos de infraestrutura e fibra, que ainda deverão ser parcialmente vendidos.
Com a Oi deixando de operar, as três gigantes telefônicas vão aumentar ainda mais a sua participação no mercado de telefonia móvel do Brasil, que passa a ser ainda mais concentrado.
A participação da Tim salta de 23% para 32%, a Vivo de 33% para 37% e a Claro de 26% para 29%. Os outros 2% estão divididos entre pequenas operadoras regionais.
Este foi o segundo leilão de ativos da Oi para quitar as suas dívidas. O primeiro foi realizado no dia 26 de novembro e atraiu poucos interessados. Nele, foram vendidas as torres de telefonia e data centers da companhia por cerca de R$ 1,4 bilhão.
A Highline do Brasil, do grupo norte-americano de private equity Digital Colony, comprou a unidade de torres por R$ 1,067 bilhão - foi a única oferta apresentada para este ativo. Já a unidade de data centers foi arrematada pela Titan Venture Capital por R$ 325 milhões de reais, também única apresentada no leilão.
O plano de vender os seus ativos foi anunciado pela Oi no dia 15 de janeiro deste ano. Na ocasião, a companhia informou que iria dividir a empresa em quatro áreas para poder vendê-las. Na divisão, os ativos foram reunidos em Unidades Produtivas Isoladas (UPIs): Ativos Móveis, Torres, Data Center e InfraCo.
A UPI InfraCo reúne os ativos de infraestrutura e fibras e ainda deverá ser parcialmente vendida em leilão, ao preço mínimo de R$ 6,5 bilhões. No plano anunciado pela Oi em janeiro, a companhia disse que o futuro comprador ficará com 51% do capital votante.
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