As duas derrotas sofridas no intervalo de duas semanas pelo presidente do Senado praticamente selaram a ida do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) para a Esplanada dos Ministérios. Aliados do senador dão como certa a nomeação de Davi como ministro a partir de fevereiro, após a eleição para as presidências da Câmara e do Senado.
O assunto foi tratado, na última segunda-feira (30), por ele com o presidente Jair Bolsonaro, que reforçou o convite para que ele integre o primeiro escalão de seu governo. Bolsonaro deixou em aberto para Davi quatro pastas: Minas e Energia, Secretaria de Governo, Desenvolvimento Regional e Saúde.
Um interlocutor do convívio diário com o presidente do Senado vê o senador mais próximo da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política entre o Planalto e o Congresso. Nesse arranjo, o atual ministro, general Luiz Eduardo Ramos, poderá ser remanejado para outra função no governo. Outro ministério que também seduz Davi é o do Desenvolvimento Regional, hoje comandado por Rogério Marinho, que tem favorecido a política de Bolsonaro com investimentos em obras de infraestrutura e protagonizando duelo com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Marinho e Ramos, no entanto, são bem avaliados pelo presidente, o que o obrigaria a rever o posicionamento de duas peças importantes de seu tabuleiro.
Deixe sua opinião