De acordo com a delegada Vanessa Pitrez, diretora do Departamento de Homicídios, a polícia concluiu que Adriana teve participação decisiva nas agressões, uma vez que teria poder de comando sob os dois seguranças.
Adriana apresentou-se no Palácio da Polícia acompanhada por seu advogado. Em depoimento à polícia, ela disse que estava no setor de bazar quando foi chamada para atender a situação de um cliente que haveria se desentendido com uma funcionária.
Seria, no caso, João Alberto, que teria conversado com uma vigia vestida de preto. A vigia distanciou-se do cliente, e afirmou, em seu depoimento, que ele tinha um “olhar intimidador”, de quem parecia que buscava começar uma briga. Neste momento, João Alberto foi escoltado pelos vigilantes e por Adriana para o estacionamento.
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A funcionária é agente de fiscalização do estabelecimento e é ela quem aparece ameaçando a um homem que gravava o espancamento.
“Não faz isso, não faz isso. Não faz isso que eu vou te queimar na loja”, diz a mulher com uma camisa branca e um crachá, andando em direção ao homem que filmava o assassinato de João Alberto, ocorrido às vésperas do Dia da Consciência Negra.
Os dois suspeitos foram presos em flagrantes: Magno Braz Borges, de 30 anos, e Giovane Gaspar da Silva, de 24, que é PM temporário e fazia um “bico de segurança”.
A investigação trata o óbito de João Alberto Silveira Fretas como homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e asfixia. O laudo inicial da perícia apontou que a provável causa da morte de João Alberto foi asfixia.
A Polícia Civil já havia dito que pode investigar as outras pessoas vistas na cena do crime por omissão de socorro. A investigação tem prazo de 10 dias para concluir o inquérito a partir da instauração. Caso contrário, os trabalhos podem ser estendidos por mais 15 dias.
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