No total, 23 convidados participaram da sabatina, que durou três horas. Entre eles, apoiadores de Bolsonaro em 2018, como Flávio Rocha (Riachuelo) e Washington Cinel (Gocil), além de representantes de instituições do mercado financeiro, como a XP Investimentos e o BTG Pactual. Também estiveram no encontro os advogados Arnoldo Wald Filho e Heleno Torres, o líder do movimento político RenovaBR, Eduardo Mufarrej, e o economista Daniel Goldberg, gestor da Farallon.
Dono da rede Habib’s, Antônio Alberto Saraiva, questionou Huck: “E agora, Luciano? Vai ou não vai?”. O global respondeu: “Da outra vez, achava que não estava pronto. Agora, eu estou. Mas a decisão não está tomada”.
Flávio Rocha o indagou sobre o conservadorismo nos costumes, bandeira de Bolsonaro. “Não sou conservador culturalmente e não vou mentir sobre isso”, respondeu Huck, que disse que os presentes teriam de aprender a conviver com essa diferença e que “não adianta nada dizer que é conservador e trocar o ministro da Educação toda hora”.
De acordo com a reportagem, Huck disse que via a oportunidade de construir um projeto político para o país como um “chamado geracional”, já que “ninguém da minha geração deu a cara para bater e para deixar um país melhor para os seus filhos”. Ele afirmou que desde 2018 está estudando o Brasil e que hoje tem a capacidade de “agregar gente e talento” para “tirar o país do lamaçal”.
O apresentador acredita que a polarização entre Bolsonaro e Lula precisa ser superada: “Esse não é um projeto personalista. Não me preocupo com o que falarão de mim. Se você é honesto, técnico e faz oposição ao Bolsonaro, então estou disposto a conversar com você”.
Ao ser questionado sobre quais políticos poderiam fazer parte do seu projeto, Huck citou o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e o ex-juiz Sergio Moro, que deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública em abril acusando Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
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