Além disso, o ministro disse também que "milícias digitais" na internet são uma "versão contemporânea do autoritarismo" e buscam destruir as instituições democráticas. Para Barroso, os ataques ao processo eleitoral são um desdobramento da ação de quem quer a "desdemocratização".
Ele citou, como exemplo, o caso dos Estados Unidos, no qual o resultado da eleição presidencial vem sendo contestado pelo candidato derrotado, o atual presidente Donald Trump.
“Uma versão contemporânea do autoritarismo são essas milícias digitais que atuam na internet, procurando destruir as instituições e golpeá-las, criando um ambiente propício para a desdemocratização”, disse o ministro durante o lançamento de um curso de Direito.
“E com muita frequência, muitas vezes, mesmo nas democracias, há um esforço de desacreditar o processo eleitoral, quando não favoreça essa crença. É o que hoje se observa, segundo alguns autores, nos Estados Unidos, com a recusa de aceitação do resultado que já parece definido”, completou.
O ministro , inclusive, elogiou a realização do primeiro turno das eleições municipais. Barroso disse que o índice de abstenção, de 23%, foi baixo para um pleito disputado em meio à pandemia do novo coronavírus. Ele aproveitou para celebrar o fato de o resultado ter saído no mesmo dia, apesar do problema operacional que atrasou a apuração.
“Conseguimos fazer uma eleição, evitamos uma prorrogação, adiamos para um momento em que foram feitas com mais segurança, conseguimos que o plano de segurança fosse observado e que não houvesse disseminação da doença, conseguirmos uma abstenção bem baixa, de 23%, conseguimos controlar as fake news, divulgar o resultado no mesmo dia e as pessoas só falam que teve um problema operacional no computador e atrasou duas horas e cinquenta minutos”, disse o ministro.
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