O drama da modelo Elisa Fontes, de 26 anos, que está internada há 11 dias no Instituto Philippe Pinel, em Botafogo, desde que foi encontrada desorientada na comunidade do Cantagalo, parece não ter fim. Aproveitadores usam a imagem da jovem para criar perfis fakes no Instagram e acumular seguidores.
Para a psicóloga Claudia Melo, é importante entender como funcionam esses tipos de pessoas e comportamentos. “Me parece que essa pessoa (que cria perfil fake) tem traço de sociopata, que é o sociopata leve, que não tem intenção de matar. Mas é aquela pessoa que se aproveita da fragilidade do outro, das oportunidades para conseguir o que ele quer, como fama, dinheiro, projeção”, avalia ela, que além de atuar no próprio consultório também presta suporte ao atendimento psiquiátrico a pacientes em surto.
De acordo com a especialista, é preciso tomar cuidado porque quem cria uma conta falsa em rede social se aproveitando de uma comoção estão sempre em busca de uma fragilidade. “Estão esperando um comportamento seu que faça com que ela se aproveite dessa situação, que talvez é um comportamento de fraqueza. São pessoas completamente insensÃveis à s necessidades, urgências do outro ou à quilo que ela precisa de fato. No caso da modelo, ela precisa agora de cuidado e não exposição em redes sociais. Ela não precisa que ninguém use a sua condição frágil e limitada para ser beneficiado”, defende Claudia.
Com formação em terapia cognitivo comportamental, a profissional insiste que, geralmente, os sociopatas são pessoas que, à s vezes, passam despercebidas, são bacanas e que têm tranquilidade em se comunicar. “Todo movimento dela é para um interesse especifico: o se dar bem, tirar proveito e tirar aquilo que o outro não pode dar”, alerta a psicóloga.
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