Exibir o corpão que Deus lhe deu — e do qual cuida com alimentação balanceada e exercícios físicos, ela frisa — não é um problema para Paolla Oliveira. A atriz garante ser livre de pudores quando o trabalho, seja na dramaturgia ou na publicidade, lhe exige mais pele do que texto. Fora de cena, sensualidade não é o foco.
— Quando me perguntam se me sinto sensual, digo: “Sim, de pé no chão e cabelo amarrado pra cima”. Não escolho personagem nem minhas roupas pensando nisso. Malho para estar com o meu corpo em ordem, quero me sentir bonita numa foto de biquíni. Mas não fico investindo nessa ideia (de musa). Se eu ficar pensando “sou linda”, acho que o brilho natural vai embora. Não fica genuíno. A mulher normal tem dias em que nem quer sair da cama, detesta o cabelo, fica irritada, chora porque a roupa não entrou. Sou assim também.
Tamanha visibilidade faz da atriz alvo de constantes elogios, mas também de críticas ferozes a sua aparência. Como as que recebeu quando gravou as cenas finais de Vivi Guedes com Sergio Guizé, o Chiclete de “A dona do pedaço”, numa praia. Ela foi clicada sem perceber por um paparazzo, enquanto girava abraçada com seu par, num traje cavadíssimo. Até hoje, “Paolla Oliveira maiô verde” é um dos termos mais buscados no Google.— Mudou o foco, né? Antes a busca era “Paolla cena da janela bunda” — brinca ela, aos risos, relembrando a retumbante aparição no primeiro capítulo da minissérie “Felizes para sempre?” (2015), quando foi retratada de costas e usando somente uma calcinha fio dental: — Olha, se você não tem uma cabeça bem preparada, a internet pode te enlouquecer. Ao mesmo tempo que as pessoas te elogiam, elas te detonam. Existe um alguém com sentimentos ali no meio. Falo com tranquilidade: não tenho pretensão de ser perfeita, e não sou! Tenho um corpo ok, saudável, me sinto esteticamente bem. Naquela cena eu estava rodando no ar. Para o que eu estava fazendo, estava ótima. Que bom que eu sou real! Que bom que as pessoas me colocaram no lugar onde eu gosto de estar, que é o de imperfeita. Meu Instagram tem 70% de seguidoras mulheres que se identificam comigo. Provavelmente, porque eu falo e mostro a verdade.
Para a artista, filtros de Instagram só são bem-vindos se para deixarem o cenário da foto mais bonito. Nada de retoques em características físicas.
— Vale usar para fazer o sol brilhar num dia que está mais nublado... O que me incomoda é ver gente virando um avatar de si mesma. Esses dias, descobri um aplicativo que funciona como um photoshop de vídeo. Não dá! Se você não está se sentindo bem, não posta. Simples assim. Quando eu faço publicidade, peço para aprovar as fotos antes exatamente por isso: quero ser eu. Já passei por uma situação em que mexeram tanto na foto que não me reconheci. Pedi para desfazer — conta.
Idade, altura e peso são outras curiosidades dos internautas acerca de Paolla.
— Tenho 38 anos, passou rápido... Mas acho que com cabeça de 42 e, segundo um exame que fiz, corpo de 29. Tá bom, né (risos)? A idade mental é um pouco mais avançada porque amadureci rápido. Meu pai era muito exigente e não me permitia alguns deslizes — explica ela, completando: — Tenho 1,70m, e tento me manter nos 63kg ou 64kg.
Neste longo período de isolamento social por conta da pandemia da Covid-19, mesmo longe dos holofotes, a atriz não se descuidou da saúde física nem da mental. Intensificou o autocuidado.
— Eu me libertei um pouco das expectativas que as pessoas colocam em mim, mas não me abandonei. Gosto de me cuidar, não tenho vergonha disso. Fiz exercícios aeróbicos, malhei, pedalei, fiz ioga e meditação... Meu facetime bombou com as minhas aulas. E valorizei muito todos os profissionais que, normalmente, cuidam de mim. Foi um período em que não pude contar com a ajuda deles. Só fiquei devendo nas unhas, mas consegui dar um truque, posando para fotos com os dedinhos encolhidos (risos) — entrega a paulista.
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