Ernesto Araújo fala de corrupção em governos passados e bate-boca com senadores petistas
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o senador Rogério Carvalho (PT-SE) protagonizaram um breve bate-boca, nesta quinta-feira, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Araújo causou irritação por duas razões: uma delas é que, em resposta ao senador petista Jaques Wagner (BA), disse que o Brasil virou pária no mundo nos governos do PT, e não no governo Bolsonaro. A outra foi ao falar sobre um acordo anticorrupção que será assinado com os Estados Unidos.
— Em governos anteriores algumas pessoas gostariam que negociássemos acordos pró-corrupção, e estamos negociando acordos anticorrupçã — disse Araújo.
Rogério Carvalho pediu a palavra para pedir respeito ao chanceler aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Desafiou Araújo a falar sobre corrupção na família do presidente Jair Bolsonaro.
— Vossa excelência respeite para ser respeitado. Quando o senhor fala de corrupção, precisa explicar corrupção na família do presidente Bolsonaro – disse o senador, mencionando como exemplos de petistas inocentados Fernando Pimentel, João Vaccari Neto, Delúbio Soares e José Genoino.
Carvalho também comprou a briga de Jaques Wagner.
O Brasil não foi pária durante o governo de Lula e Dilma. Quadruplicou o comércio internacional, estabeleceu relações com todos os países do hemisfério Sul, fortaleceu o Mercosul.
Ernesto Araújo disse que quem foi chamado de pária foi o governo Bolsonaro, “de maneira totalmente inverídica”. E reclamou do tom agressivo usado pelo senador.
— Não elevei a voz, como o senador Rogério levantou aqui. Também gostaria de ter esse respeito em relação a mim. Toda avaliação ,às vezes, é subjetiva, mas não há elemento subjetivo que embase a afirmação de que o Brasil está perdendo prestígio. Não há absolutamente nenhum fato objetivo.
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