Alexandre de Moraes cometeu "fake news" ao dizer que deu acesso à investigação aos envolvidos e que ainda não conseguiu os documentos junto ao STF.
A defesa da militante Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, pediu na tarde desta terça-feira (2/6) o adiamento do depoimento dela à Polícia Federal no âmbito do inquérito das fake news, que está no Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de Sara já ter dito publicamente que não iria depor, os advogados foram à PF fazer a solicitação. O motivo, segundo eles, é a ausência de acesso aos autos da investigação, apesar de já terem ido ao Supremo duas vezes.
"Não tivemos acesso à integralidade dos autos, diferentemente do que disse o ministro do STF Alexandre de Moraes", afirmou o advogado Bertoni Barbosa de Oliveira. "É fake news", completou o defensor, se referindo às informações prestadas pelo ministro. Na noite da última segunda-feira (1º/6), Moraes publicou em seu Twitter uma mensagem dizendo que "foi autorizado integral conhecimento dos autos aos investigados no inquérito que apura 'fake news', ofensa e ameaças a integrantes do STF, ao estado de direito e à democracia".
O gabinete do Min. Alexandre de Moraes informa que, diferentemente do que alegado falsamente, foi autorizado integral conhecimento dos autos aos investigados no inquérito que apura “fake news”, ofensa e ameaças a integrantes do STF,ao Estado de Direito e a Democracia.
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Barbosa e a advogada Renata Tavares informaram que conseguiram adiar o depoimento para a data limite do mandado de busca e apreensão emitido na semana passada - ou seja, ela tem até sexta-feira (5/6) para depor. Questionados sobre o fato de Sara já ter dito que não irá depor, Barbosa afirmou que existe uma possibilidade de ela depor e que a cliente pode mudar de opinião.
"Ela pode ficar em silêncio, é um direito constitucional dela de ficar calada e não produzir provas contra si", disse.
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