O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciou nesta quarta-feira que adiará a aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pelo período de 30 a 60 dias em relação às datas previstas. O cronograma previa aplicação das provas presenciais em 1 e 8 de novembro, e das provas virtuais nos dias 22 e 29 de novembro. O perído de adiamento foi sugerido mais cedo pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, em rede social.
"Atento às demandas da sociedade e manifestações do Poder Legislativo em função do impacto da pandemia do Coronavírus no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) decidiram pelo adiamento da aplicação dos exames nas versões impressa e Digital", diz comunicado do Inep.
O órgão afirma que a decisão sobre a nova data será tomada após realização de uma enquete junto aos inscritos para o Enem 2020, que será feita em junho por meio da página do participante.
Como o GLOBO revelou em março, a equipe técnica responsável pelo exame sempre defendeu o adiamento da prova, mas dependia de uma palavra final do ministro da educação, Abraham Weintraub, que advogava publicamente pela manutenção das datas.
Câmara
Ao abrir a sessão desta quarta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou que votaria a urgência do projeto que suspende a realização do Enem enquanto perdurar o estado de calamidade pública. O procedimento serve para acelerar a tramitação da proposta. Maia afirmou ainda que os deputados votarão o mérito do projeto caso Bolsonaro não anuncie ainda hoje o adiamento do exame.
— O governo ficou de anunciar o adiamento do Enem. Votamos a urgência e, se até o final da sessão o presidente da República não anunciar a decisão, nós votamos o mérito — disse Maia.
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