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Mandetta compara participação de Bolsonaro em ato com pessoas na praia no Rio

Mandetta compara participação de Bolsonaro em ato com pessoas na praia no RioO ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, comparou a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, nas manifestações de domingo, à parte da população que descumpriu orientações da pasta e lotou praias do Rio de Janeiro no mesmo dia. Ele foi indagado sobre a atitude de Bolsonaro após dizer que a proliferação do Covid-19 no Brasil vai depender do comportamento de cada um.

Mandetta também comparou a postura de Bolsonaro, que deu a mão e pegou celular de dezenas de manifestantes ontem, com o trabalho de jornalistas que o entrevistavam com proximidade maior do que a recomendada - no mínimo dois metros.

"Eu acho que o presidente, vocês estão todos focados e apontando ali. Eu acho que o presidente teve a sua passagem ali (no ato) que vocês podem questionar. Agora, ontem a praia estava superlotada no Rio de Janeiro, os bares no Leblon, amigos meus mandaram fotos brindando", disse Mandetta.

Em seguida, questionado sobre o fato de que Bolsonaro é o mandatário do País, Mandetta respondeu que houve o primeiro caso registrado de novo coronavírus na comunidade da Maré, no Rio, no último sábado, e que parte da população insiste em fazer cultos religiosos apesar da orientação para evitar aglomerações.

"Nós precisamos, coletivamente, ao invés de apontar o dedo, está na hora de todo mundo entender que vai ser do comportamento coletivo que a gente vai ter mais intensidade ou menos intensidade dos casos. Neste momento, precisamos que as pessoas façam a sua parte", declarou.

Indagado se Bolsonaro fez sua parte, ele respondeu que a primeira coisa que o presidente fez foi deixar o Ministério da Saúde atuar com uma equipe técnica. "Vocês, da imprensa, quando se aglutinam um do lado do outro, estão muito longe de dizer que esse é o comportamento que esperamos", declarou. "Eu tenho minhas falhas também, cometo meus erros, não é por isso que vamos ficar apontando os dedos."

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que falou logo após se reunir com Mandetta, não quis comentar os atos de domingo. Ele falou que o tema não foi tratado no encontro com as principais autoridades do Legislativo e do Judiciário e que, por isso, não comentaria o assunto.


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