Equipe do governador diz ter indícios de que as ameaças foram feitas por parte de um movimento bolsonarista e suspeita que os ataques foram orquestrados pelo "gabinete do ódio", ligado aos filhos de Bolsonaro.
O governador de São Paulo, João Doria, registrou ocorrência na madrugada desta sexta-feira, após receber ameaças de morte por telefone na quinta-feira. Ele também recebeu mensagens em seu próprio celular dizendo que sua casa seria invadida.
A segurança do governador foi reforçada e a Polícia Civil apura a origem da ameaça. O caso foi registrado como ameaça e injúria.
"As ameaças foram dirigidas ao telefone celular do governador e davam conta, em tom ameaçador, de que atos seriam realizados em frente à sua residência pessoal, sendo que em tais mensagens era indicado o local da mesma (a casa de Doria, nos Jardins, Zona Sul da capital)", diz trecho do boletim, registrado pela Delegacia de Operações Policiais Estratégicas (Dope).
A equipe de Doria diz ter indícios de que as ameaças foram feitas por parte de um movimento bolsonarista e suspeita que os ataques foram orquestrados pelo "gabinete do ódio", ligado aos filhos de Bolsonaro, sgeundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.
Na quarta-feira, durante reunião do governo federal com governadores, João Doria (PSDB) disse ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que ele deveria "dar exemplo ao país, e não dividir a nação em tempos de pandemia". Segundo pessoas que participaram da reunião, Bolsonaro se exaltou com a declaração do governador de São Paulo e chegou a chamá-lo de "leviano" e "demagogo".
Bolsonaro também reclamou que Doria teria se apoderado do nome dele nas eleições de 2018 e depois "virou as costas" como fez todo mundo. "Se você não atrapalhar, o Brasil vai decolar e conseguir sair da crise. Saia do palanque", disse Bolsonaro a João Doria.
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