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Mulheres na tecnologia: Quebrando barreiras

 Mulheres na tecnologia: Quebrando barreirasProtagonismo feminino no mercado da tecnologia avança e mulheres quebram cenários predominantemente masculinos.
É incontestável que, cada vez mais, a tecnologia tem se tornado uma ferramenta intrínseca no cotidiano dos indivíduos em todos os âmbitos: financeiro, cultural, informativo e, principalmente, comunicativo. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 51,2% da população mundial utiliza a internet. Apesar desse uso massivo, são poucas as pessoas que reconhecem quem está por trás dessa ciência.

O mundo tech é, majoritariamente, dominado por homens. Desde a formação universitária, ao mercado de trabalho e investimentos, é possível perceber a presença masculina dominante. Espaços que buscam o empreendedorismo e a tecnologia, são, muitas vezes, opressivos e desmotivadores para as mulheres que desejam trabalhar com esse foco. “São vários os desafios dentro do âmbito tecnológico. As barreiras são muitas e nos acompanham desde a infância. As mulheres são naturalmente desmotivadas a seguir carreiras consideradas varonis. Os brinquedos que ganhamos quando pequenas são um exemplo do caminho que desejam para nós. Panelas, vassouras, bonecas. Já os homens estão mais acostumados com vídeo games, computadores e jogos interativos”, explica Ciranda de Morais, CEO da She’s Tech, movimento que visa fortalecer a presença feminina dentro dos setores tecnológicos.

Seguir a carreira de TI é se deparar, também, com a desigualdade salarial. As mulheres ganham, nesse meio, 30% menos que os homens, para desempenhar as mesmas funções, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. São diversos os fatores que afastam a mulher da área tech. Por esse motivo, é necessário buscar nas empresas a representatividade, o engajamento através da criação com uma rede forte de apoio e capacitação através do conteúdo mas, principalmente, dar voz às produções feitas.

Levando em consideração a negligência com a presença feminina nessas áreas, há a necessidade de reconhecer, cada vez mais, as mulheres que estão ganhando espaço nesse mundo. “Mulheres que atuam na área de tecnologia e estão na linha de frente, passaram por diversos ambientes tóxicos para chegarem até ali. Por isso, todas elas me inspiram de alguma forma”, conclui Ciranda.

Esse ambiente possui diversas vertentes. Bruna Kassab (foto), fundadora da Evoé, startup de financiamento coletivo, explica um pouco sobre o dia-a-dia e o propósito de sua empresa, que também é voltada para a tecnologia. “Nosso foco é promover projetos da economia criativa com foco na sustentabilidade através da nossa plataforma e conectando criadores com apoiadores. As funções individuais são bem definidas, usamos metodologias ágeis para executar tarefas mais rápido e sempre estamos discutindo e buscando novas ideias criativas  e inovações para melhorar nosso produto e serviço.”, afirma. A Evoé utiliza aparatos tecnológicos para conseguir os financiamentos, que, atualmente, cobre diversos projetos.

Mesmo com o ambiente desfavorável, empreendedoras como a Bruna mostram que é possível se envolver com o corporativismo virtual de forma lucrativa e colaborativa, ganhando espaço em meios que antes não haviam participação feminina. Nos últimos anos, a presença das mulheres em empresas voltadas para esse meio cresceu. Um estudo feito pelo Woman in Tech revelou que as mulheres mais jovens estão 33% mais predispostas a trabalharem na área da computação que as gerações anteriores.



LUCAS MACHADO Escritor, profissional de Marketing e Comunicação.

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