Presidente eleito afirma que é 'situação desumana' separar famílias.
Antes, dizia que se tornariam 'agentes' de ditadura. Cuba decidiu retirar 8 mil profissionais do programa Mais Médicos.
O presidente eleito Jair Bolsonaro defendeu, ainda como deputado, em 2013, a proibição da entrada no Brasil de familiares de médicos cubanos que ingressaram no programa Mais Médicos. O registro dos discursos está disponível nas notas taquigráficas da Câmara.
Hoje, mais de cinco anos depois, Bolsonaro critica a suposta proibição da vinda de familiares dos médicos cubanos e diz que permitir a entrada dessas pessoas no país seria uma das condições do Brasil para a manutenção da participação de Cuba no programa.
Para ele, é uma "situação desumana" separar famílias de cubanos. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) nega que o acordo assinado com o governo brasileiro impeça a vinda de familiares dos médicos cubanos ao país.
No último dia 14, o governo de Cuba anunciou que deixaria o Mais Médicos e como motivo apontou "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas por Bolsonaro à presença de cubanos no Brasil.
Segundo o presidente eleito, Cuba não concordou com as exigênciasfeitas por ele para manter os profissionais no programa.
Em 2013, o então deputado federal Jair Bolsonaro, que à época estava no PP, fez diversos discursos criticando a medida provisória que criou o Mais Médicos.
Em mais de uma ocasião, Bolsonaro disse que a intenção do programa, criado pela então presidente Dilma Rousseff, era trazer "agentes" cubanos para promover o socialismo no país.
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