A mais nova suspeita é a compra, por Lopes e sua mulher Ana Beatriz Lopes, de uma casa no Condomínio Portobello, em Mangaratiba, em 2016, por R$ 850 mil quando o valor de mercado era de R$ 2,5 milhões
A investigação por lavagem de dinheiro é mais uma frente aberta pelo Ministério Público contra o ex-procurador-geral Cláudio Lopes já denunciado à Justiça por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e quebra de sigilo funcional. Ele também é acusado por envolvimento com a quadrilha comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral, da qual teria recebido mesada de R$ 150 mil, por mês.
A mais nova suspeita é a compra, por Lopes e sua mulher Ana Beatriz Lopes, de uma casa no Condomínio Portobello, em Mangaratiba, em 2016, por R$ 850 mil quando o valor de mercado era de R$ 2,5 milhões. Cabral tinha residência no mesmo local. Além disso, Lopes adquiriu imóvel em Búzios por R$ 500 mil, dos quais R$ 200 mil foram pagos em dinheiro vivo.
Outra ponta da apuração recai sobre a empresa Zorionak Comércio Varejista de Bebidas e Alimentos Eireli, registrada no endereço do casal, mas que não funciona, principalmente entre outubro de 2008 e 31 de dezembro de 2016. Há suspeita de ocultação de bens de 2014 a 2016.
Apuração do Ministério Público concluiu que o ex-procurador-geral Cláudio Lopes arquivou irregularmente inquérito sobre as viagens de Sérgio Cabral e seu secretariado a Paris, conhecida como a "farra dos guardanapos". Para isso, Lopes não submeteu ao Conselho Superior do órgão.
Lopes se baseou apenas em parecer do procurador de Justiça Charles Van Hombeeck Junior, já falecido. O inquérito sobre a "farra dos guardanapos" foi reaberto, em 2013, pelo então procurador-geral Marfan Martins e, aí sim, foi arquivado pelo Conselho Superior do Órgão.
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