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Debate no Rio, acusações e baixarias

Debate no Rio, acusações e baixarias
Debate no Rio teve confusão na plateia e roupa vermelha vetada.


Encontro na Globo foi o segundo sem Garotinho, que teve a candidatura barrada pelo TSE; embate foi marcado por pedidos de resposta entre rivais.

O debate realizado pela rede Globo com os candidatos ao governo do Rio, o último antes do primeiro turno, em 7 de outubro, teve segurança da emissora pedindo silêncio ao vice de Romário na plateia e uma solicitação para uma convidada trocar de roupa, porque o vermelho estava vetado.

O encontro aconteceu na noite desta terça-feira (2). Participaram Eduardo Paes (DEM), Indio da Costa (PSD), Marcia Tiburi (PT), Pedro Fernandes (PDT), Romário (Podemos), Tarcísio Motta (PSOL) e Wilson Witzel (PSC).
Foi o segundo debate entre os postulantes ao governo do estado sem a presença de Anthony Garotinho (PRP), barrado da campanha por decisão do TSE.
Confira a seguir os bastidores do encontro.

Aos 45 do segundo tempo

Teve direito de resposta até nas considerações finais. Chamado de “candidato do crime” por Indio, Paes conseguiu tempo para se defender. Prometeu que, se eleito, não convidará Indio para ser secretário.
Pra você não
Indio pediu direito de resposta ao direito de resposta exercido por Paes. Não foi atendido.

A outra Ana Paula

Nas considerações finais, Witzel chamou a apresentadora Ana Paula Araújo de Ana Paula Padrão, que não trabalha mais na Globo.

Enriquecimento

Romário acusou Índio de ter enriquecido na política, “como é que você conseguiu esse dinheiro não está claro”.

Cala a boca

Candidato a vice de Romário, o deputado Marcelo Delaroli gritou várias vezes da plateia durante o debate. Chegou a interromper Indio da Costa quando este exercia seu direito de resposta ao ex-jogador. Um outro convidado disse para Delaroli calar a boca. O deputado respondeu: “Cala a boca é o caralho.”

Silêncio, por favor
De tanto interromper o debate, Delaroli foi abordado por um funcionário da Globo, que pediu para que ele falasse mais baixo.
PT e DEM
Marcia Tiburi levantou o dedo e pediu direito de resposta quando Wilson Witzel disse que o PT tinha se aliado ao DEM.

‘Dudu Milícia’

Tarcísio Motta riu de forma irônica quando Marcia Tiburi escolheu Eduardo Paes para responder sobre tráfico e milícias. Em 2006, candidato ao governo, Paes chegou a defendeu as milícias. A petista, na réplica, lembrou que o candidato do DEM já foi conhecido como “Dudu Milícia”.

Coraçãozinho

Autor da pergunta seguinte, Indio também lembrou da defesa que Paes fez de milicianos. Sentado, fora das câmeras, Paes fez, com os dedos, gestos de coração na direção do adversário.

Sem resposta

Indio acusou Romário de ter mantido em seu gabinete um assessor condenado por quatro homicídios. Sem tempo para resposta, o ex-craque voltou calado para sua poltrona.


Sem dinheiro

Eduardo Paes riu muito e gesticulou para a plateia quando Indio da Costa, em resposta a Romario, afirmou que deixara seu cargo na prefeitura por falta de investimento no esporte. Na época, Paes era o prefeito.

Memória fraca

Romário vacilou ao citar seu assessor econômico. Demorou alguns segundos para dar o nome de Guilherme Mercês.

Não entendeu

Romário também se enrolou ao responder a uma pergunta de Pedro Fernandes. Confuso, chegou a falar em não acabar com o tráfico de drogas. Depois, admitiu que não tinha entendido a pergunta.

Fora das câmeras
Eduardo Paes e Indio da Costa trocaram acusações: um chamou o outro de mentiroso. Minutos depois, fora das câmeras, votaram a conversar de maneira amigável.

Gente humilde
Romário disse que era o único dos candidatos que teve infância pobre. Tarcísio Motta protestou, falou das dificuldades que passou quando criança e que em sua casa só havia água de poço. Ex-juiz federal, Wilson Witzel entrou na disputa: afirmou que viveu numa comunidade e estudou em escola pública.

Chama a Márcia

Ao escolher um candidato para responder sobre corrupção, Eduardo Paes decidiu “chamar a Márcia (Tiburi)”. Em seguida, riu, disse que não era Marcelo Crivella — numa reunião com pastores, o prefeito disse que, para resolver demandas na saúde, eles deveriam procurar uma assessora chamada Márcia.

Presidiários
Eduardo Paes ironizou Márcia Tiburi (PT), que lamentou a ausência de Garotinho no debate — o ex-governador está impedido de disputar a eleição por determinação judicial. Paes disse que ela, ao citar Garotinho, mostrava que gostava mesmo de presidiários, numa referência ao ex-presidente Lula.

É lógico
Numa resposta a Indio da Costa (PSD) sobre segurança pública, Tarcísio Motta (PSOL) falou sete vezes a palavra “lógica” em expressões como “lógica de guerra”.

Farpas
Wilson Witzel (PSC) e Indio da Costa (PSD) protagonizaram a primeira troca de acusações. O primeiro disse que o adversário era investigado em vários casos e, portanto, não teria como combater a corrupção. Na resposta, Indio o chamou de mentiroso.

Dobradinha
Ex-companheiros no PMDB, Eduardo Paes (DEM) e Pedro Fernandes (PDT) fizeram uma dobradinha no primeiro bloco do debate. Um escolheu o outro para responder à sua pergunta. Nenhum deles pegou pesado.

Reconhecimento facial

Pedro Fernandes (PDT) disse durante o debate que implantará um sistema de “reconhecimento facial”… de placas de carros!

Troca de roupa

Cerca de uma hora e meia antes do início, uma produtora da Globo tentou fazer com que a dirigente sindical Virgínia Berniel, assessora de Marcia Tiburi (PT), trocasse de blusa: ela foi com roupas vermelhas. A produtora tinha em mãos blusas azuis, pretas e cinzas. Ela alegou que não eram permitidas na plateia cores que remetessem a partidos ou que não tivessem tons neutros. Virginia não aceitou fazer a troca.

‘Mamãe, tô na Globo’

Pouco antes do início do debate, Tarcísio Motta (PSOL) fez várias selfies no palco.

Economia e saúde

Nos bastidores, Washington Quaquá, presidente do PT-RJ, disse que insistiu para a campanha de Fernando Haddad trocar pautas identitárias (mulheres, negros, LGBTs) por temas ligados à economia e à saúde. Acha que esses tópicos podem ser mais relevantes para marcar diferenças com Jair Bolsonaro. “É preciso mostrar que ele votou pelo teto de gastos, que o vice dele é contra o 13º salário”, exemplificou.

Todos de branco, menos um
Os seis homens que disputam o governo do Rio adotaram um figurino-padrão. Todos foram usando blazer escuro e sem gravata. Com exceção de Eduardo Paes, todos optaram por camisas brancas (o ex-prefeito foi de azul).

Lado a lado

Eduardo Paes e Indio sentaram lado a lado. Eles vinham trocando farpas nos últimos encontros, mas conversavam amigavelmente antes do início deste debate.

O primeiro

Romário (Podemos) foi o primeiro a subir no palco. Ele conversava com seu assessor econômico e nome para a Fazenda, Guilherme Mercês.

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