Haddad cresce em todos os segmentos; Bolsonaro só entre os mais ricos
Mesmo sem realizar campanha nas ruas, por se recuperar de um ataque a faca desde 6 de setembro, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) manteve a liderança. Tem 28% frente aos 19% de Haddad na votação geral. O deputado federal foi impulsionado pelos mais ricos, faixa em que cresceu seis pontos e alcançou 41%. Ele tem 38% na Região Sul e ainda subiu sete pontos entre os eleitores com Ensino Superior (de 29% para 36%).
O levantamento realizado entre 16 e 18 de setembro do Ibope tem margem de erro de dois pontos percetuais, para mais ou para menos. Haddad vazou a margem em todas as categorias apuradas. Entre os homens, Bolsonaro oscilou um ponto para cima e chegou a 36%. O petista dobrou sua votação no segmento e atingiu 18%. A pesquisa mostrou que 19% das mulheres entrevistadas apoia o candidato de Lula, o que representa 11 pontos de crescimento e empate técnico com Bolsonaro, que oscilou de 18% para 20% entre as eleitoras.
Por idade e escolaridade
Haddad também ampliou sua votação entre os mais jovens. Na faixa de 16 a 24 anos, o petista subiu de 7% para 18%, enquanto Bolsonaro se manteve com 28%. Na faixa de 35 a 44 anos, a polarização entre o candidato do PSL e o do PT ganhou força: Bolsonaro cresceu seis pontos, até 30%, e o adversário partiu de 8% para 20%. Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB) caíram de 9% para 5% neste segmento.
Entre os eleitores mais velhos, de 55 anos ou mais, Haddad triplicou sua votação e chegou a 18%. Bolsonaro se manteve na liderança ao oscilar dois para baixo e marcar 24%.
Haddad assumiu a liderança na faixa de votantes que estudaram até a 4ª série do Ensino Fundamental. O petista quadruplicou sua preferência no segmento e atingiu 24%. Marina, pelo contrário, caiu de 13% para 4% nesta faixa. Da 5ª à 8ª séries, o petista também é o preferido: subiu de 9% para 23%. Bolsonaro neste eleitorado oscilou de 22% para 20%, mas se manteve no topo entre os que têm Ensino Médico, com 31%. Neste ponto, Haddad foi de 8% para 17%.
Foi no Ensino Superior que Bolsonaro se impulsionou na nova pesquisa: saiu de 29% para 36%, enquanto Haddad cresceu quatro pontos, até 13%, e empatou com Ciro Gomes (PDT).
Por renda, região e religião
A pesquisa mostrou que os entrevistados com até 1 salário mínimo preferem Haddad. O petista subiu de 10% para 27%, enquanto Bolsonaro e Ciro oscilaram dentro da margem de erro e empataram em 12%. O ex-prefeito de São Paulo ainda subiu nove pontos, até 17%, entre os que ganham mais de 1 a 2 salários. Bolsonaro lidera neste eleitorado, com 26%.
Na faixa de mais de 5 salários, o militar subiu de 35% para 41%. Neste ponto, Haddad subiu de 6% para 13%. Bolsonaro lidera com folga no Norte/Centro-Oeste (oscilou para 32%), e o petista foi de 6% para 15% na região. Haddad disparou no Nordeste (de 13% a 31%), enquanto o candidato do PSL empatou na segunda posição local ao subir de 12% para 16%.
No Sudeste, Bolsonaro manteve 29%, enquanto Haddad foi de 6% a 15%. Marina caiu de 9% para 4% nesta região. No Sul, o militar oscilou um ponto para cima, até 38%. Neste ponto, Haddad cresceu cinco pontos e tem 11%.
O levantamento mostra que os 25% católicos preferem Bolsonaro. Entre estes eleitores, porém, Haddad triplicou sua votação e chegou a 21%. O candidato do PSL subiu três pontos entre os evangélicos e atingiu 36%. No mesmo período, o petista cresceu de 6 para 15%.
Boa parte dos entrevistados brancos aposta em Bolsonaro, que manteve 35%. Haddad mais que dobrou a votação, de 6% a 13%, neste segmento. Entre pretos e pardos, o petista avançou 13 pontos até marcar 22% e empatou tecnicamente com o militar, hoje com 24%.
Contratadas pela "TV Globo" e pelo "Estado de S. Paulo", a pesquisa Ibope foi realizada entre 16 e 18 de setembro, com 2.506 eleitores de 177 municípios. Foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como BR-09678/2018. O nível de confiança é de 95%.
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