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Grupo de mulheres contra Bolsonaro no Facebook passa de 800 mil

O grupo "Mulheres unidas contra Bolsonaro", que se posiciona contra o candidato do PSL à Presidência, disparou em número de filiadas no Facebook. Até o fechamento deste texto, nesta terça-feira, ele foi de 776.331 a 852.755 membros. O grupo foi criado no dia 30 de agosto, em Salvador, pela baiana Ludimilla Teixeira e é administrado por nove mulheres e 71 moderadoras. Agora, elas estão engajadas em uma força-tarefa para admitir as mulheres que querem entrar no grupo. "O número de solicitações não baixa de 10 mil", disse a professora Maíra Motta, de 40 anos, uma das administradoras.
"O grupo foi criado para ser uma organização das mulheres contra o fascismo", resumiu Maíra. As administradoras do grupo criaram uma publicação para cada candidato para que possam debater suas propostas. "Pedimos para que não tenha agressão nesses posts", completou. Segundo ela, há mulheres de diferentes espectros políticos no grupo: esquerda, centro e direita. 
A procura pelo grupo aumentou nos últimos dias. Entre os dias 9 e 11 de setembro foram registradas cerca de 700 mil novas adesões. As administradoras precisaram se organizar em nichos de trabalho para moderar o grupo e atender solicitações da imprensa.
Para debater sobre os candidatos à Presidência foram fixadas regras. É obrigatório manter o respeito e não é permitido publicar apenas o nome e o número do presidenciável: É necessário "comentar as propostas do seu candidato e debater EDUCADAMENTE com outras pessoas sobre as fake news e afins", diz uma publicação da fundadora do grupo. "O ideal seria que o debate ocorresse da seguinte forma: alguém comenta seu candidato e suas propostas, e as outras vão comentando o que pensam do candidato e afins", acrescenta.
Nesta terça, a criadora da página, Ludmilla Teixeira, informou no grupo que as administradoras estavam aumentando a a administração para dar conta da demanda. "Não tá fácil aprovar 10 mil mulheres por minuto, ajudem mantendo a calma!!! Estamos aumentando a moderação e afinando o discurso, breve 1 milhão de "membras", não tá fácil não!!!", escreveu. As administradoras pediram à reportagem para que encaminhassem as perguntas por WhatsApp para garantir o aval do grupo nas respostas.
Entre as regras também estão a proibição de discurso de ódio ou bullying e de enquetes sobre intenções de votos: "É proibido pela Lei Eleitoral e dá multa, portanto não correremos o risco!", justifica o texto.  
Ato já tem data marcada no Rio
No Rio, um grupo de mulheres está convocando ato para o próximo dia 29, data acordada no grupo do Facebook para acontecerem manifestações em todo o país contra Jair Bolsonaro. Mais de 6 mil mulheres já confirmaram ou demonstraram interesse. 
A designer Maria Rita Taunay, 44, disse que o evento é fundamental não só para conscientizar as mulheres, mas para mostrar que a organização é grande.
“Enquanto houver democracia, temos que nos expressar. O Bolsonaro era pra ser uma ideia ridícula, e infelizmente está muito próximo”, disse.
A estudante de Direito Vanessa Barros, 34, que está na organização do evento, disse que é preciso sair das redes sociais: “Precisamos estar nas ruas para mostrar nosso propósito. A presença de todos e todas é importante”, declarou.
Ela disse também que a adesão de homens no ato é válida, desde que não tire o protagonismo feminino. Para a estudante, as panfletagens de candidatos no dia não deve ser um problema, já que é algo comum nas manifestações de mulheres.

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