![Pezão pode fazer companhia a Cabral Pezão nega ter tratado de pagamento ou recebimento de recursos ilícitos em sua campanha; marqueteiro diz ter sido informado dos repasses que seriam feitos pela empreiteira pelo próprio governador, no apartamento dele](https://extra.globo.com/incoming/22032829-93c-83d/w640h360-PROP/xpezao.jpg.pagespeed.ic.0jb1TT2WAV.jpg)
Pereira afirmou que o próprio Pezão o chamou, em setembro de 2014, a seu apartamento, em Laranjeiras, para informá-lo que havia conversado com Sérgio Andrade, um dos donos da Andrade Gutierrez. Na ocasião, o então candidato disse a ele que a empreiteira faria um repasse de R$ 10 milhões à campanha, valor que acabaria sendo reduzido, nos dias seguintes, para R$ 5 milhões, segundo o relato.
A operacionalização do pagamento coube a Alberto Quintaes, então diretor comercial da Andrade Gutierrez e delator da Lava-Jato. Como O GLOBO mostrou ontem, Pereira contou em sua delação que o marketing da campanha de Pezão custou R$ 40 milhões, quase o dobro do que foi oficialmente declarado (R$ 21,8 milhões).
De acordo com o delator, Quintaes se reuniu com um de seus sócios, Eduardo Villela, para acertar detalhes do pagamento à campanha de Pezão via agências de publicidade que prestavam serviços a empresas ligadas à empreiteira. O marqueteiro diz ter recebido R$ 3 milhões por meio da agência NBS, que detinha desde 2002 a conta de publicidade da operadora Oi, controlada por grupo do qual fazia parte a Andrade Gutierrez.
Na época do pagamento, a NBS pertencia ao Grupo PPR, que tinha uma parceria operacional com a Prole, agência de Renato Pereira. De acordo com o delator, a NBS simulou o pagamento de uma indenização à Prole para viabilizar o repasse, na ocasião em que o grupo PPR foi dissolvido. Com 317 funcionários, a NBS tem entre seus clientes empresas como Petrobras, Banco de Brasília e Iguatemi.
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