A crise entre o Planalto e o Rio de Janeiro começa a "pegar fogo". Tudo começou com as declarações do ministro da Justiça, Torquato Jardim, que fez fortes revelações sobre uma possível conexão do crime organizado com políticos do Rio e com a cúpula da Polícia Militar. Para o ministro, a morte do tenente-coronel, Luiz Gustavo de Lima Teixeira, alvejado com vários tiros, foi um acerto de contas e não um simples assalto como é defendido pelas autoridades cariocas.
Várias críticas e ataques começaram a surtir contra Torquato e novas revelações surgem com o passar das horas.
De acordo com informações do jornal "O Globo", o governador Luiz Fernando#Pezão ignorou uma sugestão do ministro da defesa, Raul Jungmann.
Há dois meses atrás, o ministro entregou para Pezão uma lista com o nome de três generais para comandarem a secretaria de Segurança do Rio, já que o estado vive em uma crise de insegurança pública. Os generais são da reserva e já haviam declarado a disposição de assumir a secretaria. Porém, Pezão não quis conversa e ignorou o contato de Jungmann.
Após esse conflito, Torquato resolveu abrir o jogo e fez acusações graves contra o governador e o secretário de Segurança do Estado. Segundo o ministro, o crime organizado está em sintonia com a cúpula da Polícia Militar e com deputados estaduais.
Serviço de inteligência
Em um recuo ordenado por Jungmman, as Forças Armadas saíram da Rocinha e informações do site "O Antagonista" dizem que o recuo foi devido descobertas criminais impressionantes feitas pelo serviço de inteligência do Exército.
Investigações poderosas estão em curso e a fala de Torquato é o começo de uma grande batalha contra o crime organizado no estado.
O ministro está sendo alvo de vários políticos irritados com suas declarações, mas ele se mostra convincente do que falou. Ele pode ter adiantado fatos que estão em investigação e que podem virar o Rio de ponta cabeça.
Cármen Lúcia
Com o clima tenso e até mesmo pedidos de explicações e manifestações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Torquato, nesta quarta-feira (01), o ministro esteve num encontro com a presidente da Corte, Cármen Lúcia.
O motivo do encontro foi a discussão de medidas socioeducativas para adolescentes recolhidos em centro de internação de menores infratores. Estava presente também, no encontro, o ministro da Educação, Mendonça Filho.
O encontro entre Torquato e Cármen Lúcia mostra que eles estão com afinidades. Cármen Lúcia pode ter dado apoio a Torquato nas suas investidas contra o crime organizado, mas isso só será revelado nos próximos dias.
O STF está começando a receber reclamações contra o ministro da Justiça, resta saber qual será a posição da Corte diante disso. #general #Crimes
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