SÃO PAULO - O Google lançou nesta terça-feira a primeira região de armazenamento em nuvem, cloud, na América Latina. Esse é o 13º Google Coud Platform (GCP) no mundo e a meta, segundo a companhia, é deter 17 centros como este no mundo até dezembro.
O diretor de GCP no Brasil, Fábrio Andreotti, disse que, além de ser o primeiro na região, o centro em São Paulo é o único a aceitar moeda local para a contratação dos serviços.
— Com a possibilidade de pagamento em Real, o cliente que possui CNPJ no mercado brasileiro poderá economizar até 60% na utilização dos serviços, se comparado à concorrência. O brasileiro é muito sensível a preço. Em nossos estudos, identificamos muitos clientes em potencial que deixavam de contratar a plataforma por não ter meios de pagamento em dólar —, disse Andreotti.
A instalação de um GCP em São Paulo poderá, segundo o executivo, reduzir o tempo de resposta de uma informação em até 95%. Atualmente, os dados dos clientes brasileiros são armazenados em um data center nos Estados Unidos. E, agora, as informações serão guardadas em data center de parceiros aqui em São Paulo. Segundo ele, o Google tem uma série de critérios para decidir onde serão construídas regiões de cloud para seus serviços globais, incluindo demanda de mercado e feedbacks recebidos de clientes de todo mundo.
— Para estruturar essa região para atender a região. Dobramos o número de funcionários e triplicamos o número de parceiros locais.O potencial aqui no Brasil e na América Latina é muito grande. Nos últimos três anos, investimos no mundo cerca de US$ 30 bilhões para estruturar essa área dentro da companhia —, ressaltou Andreotti, sem revelar quantas pessoas foram contratadas para o projeto.
Com a inauguração da região de São Paulo, Google Cloud Platform integra 13 regiões, 36 zonas, mais de 100 pontos de presença e uma rede global com 100.000 quilômetros de cabos de fibra óptica.
— A região de Cloud que está sendo lançada no Brasil estará disponível para todos clientes do Google Cloud Platform, não apenas para os localizados no país. A decisão de onde armazenar os dados é do cliente, que pode escolher qualquer lugar no mundo e trabalhar em qualquer uma das regiões. Atualmente, temos 1 bilhão de usuários finais no mundo. Esse número pode aumentar muito com os novos GCP. E São Paulo é uma região onde o potencial para novos negócios é muito grande. Trabalhei muito durante este tempo para convencer de que São Paulo precisava de uma estrutura desse nível. Foram muitos estudos —, disse o executivo.
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