Matéria publicada nesta segunda-feira (10) pelo Financial Times conta que em ambos os lados do Atlântico, as editoras de notÃcias estão começando a pensar em fazer o que antes era impensável: unir suas forças com antigos inimigos e concorrentes para impedir que seus leitores e receitas sejam totalmente desviados pelas gigantes digitais Facebook e Google.
Segundo a reportagem a News Media Alliance, que representa quase 2.000 editores na América do Norte, pediu nesta semana ao Congresso dos EUA que lhes permita negociar coletivamente com distribuidores digitais.
"É um ambiente difÃcil para qualquer tipo de legislação no momento, mas temos que tentar", disse David Chavern, diretor executivo da NMA.
Times aponta que não está claro se o Congresso concederá uma isenção, o que efetivamente liberaria os editores para operarem como um cartel. Mas o desespero das editoras é tão grande que todas as opções estão sendo consideradas. As receitas de publicidade impressa caÃram 20% em 2016, entraram em colapso, com grandes tÃtulos como o New York Times e o Wall Street Journal atingidos. As vendas de assinaturas digitais ofereceram um pouco de descanso, mas com a publicidade digital que não cresce tão rapidamente quanto a publicidade impressa que está em declÃnio, a indústria está em plena crise.
Não é apenas a receita que os publicitários temem que estejam perdendo para os gigantes digitais, afirma o texto do Financial Times. Muitos leitores agora acessam notÃcias e informações através de sites de redes sociais e buscadores, o que significa que os editores não têm mais uma relação direta com os leitores ou acesso a dados sobre o público.
"A notÃcia é valiosa e é certo esperar que seja avaliada", disse Chavern. Na agenda dos editores estão as negociações sobre o compartilhamento de receita de publicidade e os dados dos leitores, o suporte para modelos de assinatura e a preservação da identidade de marcas de notÃcias individuais em plataformas digitais, conclui FT.
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