O segundo mandato de Getúlio Vargas foi marcado por grandes escândalos e crises. Getúlio tinha como homem de confiança Gregório Fortunato, que era uma espécie de faz de tudo. Chefe da Segurança, conselheiro, espião o diabo a quatro. Nada escapava ao seu controle.
E foi exatamente isso que levou ambos, Getúlio e Fortunato ao melancólico fim. Num atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, feroz opositor do governo Vargas e dono do mais expressivo jornal da época, a Tribuna da Imprensa, foi baleado e logo depois viria morrer o major Vaz da Aeronáutica que fazia parte da segurança de Lacerda então ameaçado por getulistas.
As suspeitas logo caíram no colo de Gregório Fortunato o faz de tudo e mandatário. Por um desses acidentes da história um guarda que ouviu os tiros, foi verificar e os atiradores mandaram bala nele, mas ele conseguiu anotar a placa do veículo e não foi difícil chegar aos mesmos.
Pois bem ontem veio a público a desastrada ação do também faz de tudo e homem de confiança da presidente Dilma, o ministro Mercadante que foi também pego com a boca na botija. Ou melhor pela gravação do celular. Querer dizer que Mercadante agiu por conta própria e por puro altruísmo humanístico, é achar que o sol nunca mais sairá. Mercadante é unha e dedo com Dilma.
Odiado pela corrente majoritária do PT, acusado até hoje pelo fiasco de 1994 quando definiu a linha de combate ao Plano Real, como plano eleitoreiro e a consequente derrota de Lula/Mercadante. Passou a ser homem de confiança de Dilma, tal qual Fortunato era de Getúlio. Foi coordenador de campanha, Ministro da Casa Civil e hoje Ministro da Educação. A história não se repete, já disse o velho autor alemão, mas guarda semelhanças.
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