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Casa com selo verde

Casa com selo verdeO que faz uma casa "verde"?

Casa com "selo verde" gera economia de água, luz e até manutenção.

A casa Campinas, com 450 m² e arquitetura de Teresa d’Ávila em parceria com a LCP Engenharia & Construções - empresa especializada em procedimentos ambientais sustentáveis –, é a primeira no Brasil a receber o certificado LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), no nível Prata, pela GBC (Green Building Council Brasil). O selo atende os padrões norte-americanos de qualidade para construção sustentável e é reconhecido em 154 países.

Segundo a arquiteta Agatha Carvalho, da GBC, a procura pela certificação de residências unifamiliares no país aumentou, mas nem todas se propõem a seguir os quesitos internacionaiss. “A certificação referencial GBC Brasil Casa, mais condizente com a realidade nacional, conta com 27 projetos registrados em oito estados”.

Lourdes Printes, diretora técnica da  LCP, esclarece que para que a casa Campinas pudesse receber o LEED, foi preciso investir no tratamento de águas cinzas (proveniente de banhos ou máquina de lavar), para reuso; no recolhimento e purificação de águas pluviais para o abastecimento da irrigação de vasos e jardins; na incorporação de painéis fotovoltaicos para produção de eletricidade, além de usar sistema construtivo autoportante em argamassa armada com miolo de Isopor®, por exemplo.

O processo de execução da obra devia, também, minimizar os resíduos e gerenciar o descarte correto. Mas nem só de pedra e argamassa é gerada uma morada sustentável: a regularidade das relações trabalhistas é fundamental. A engenheira conta que assim como a maioria das pessoas, o cliente não conhecia o LEED. “Ele queria as ferramentas sustentáveis como autoprodução de energia”.

A arquiteta Teresa d’Ávila afirma que, desde o projeto, a residência foi pensada para ser “ecofriendly”: a implantação impôs uma construção em Y para que o terreno fosse aproveitado de forma objetiva e a movimentação de terra, evitada. Todos os espaços foram concebidos com vãos que privilegiam a ventilação cruzada e a luz natural e a iluminação artificial, quando necessária, se faz por lâmpadas LED.

Há benefícios além dos ambientais?

Informações levantadas com a GBC apontam que a certificação da casa Campinas custou 1% do valor total da obra e que as tecnologia sustentáveis, sozinhas, representaram 4,4 % do montante investido. Os 5,4% a mais nos custos são compensados pelas reduções de 20% nos gastos com fundação, a economia de sete meses no tempo total de execução e de 80% no valor médio gasto com caçambas (em obras convencionais), bem como a queda em 30% na demanda de manutenção da residência. Entram ainda na conta o consumo de água potável, 67% menor, e de energia elétrica, 65% mais amigável, enquanto o imóvel teve valorização de 30%.

Todavia, no país o incentivo oficial é pequeno: algumas cidades dão 50% ou 60% de desconto no IPTU. São exemplos de outras certificações sustentáveis no Brasil: Aqua, Breeam, Procel e Casa Azul Caixa.

FICHA TÉCNICA
Identificação da obra Casa Campinas
Localização Campinas (SP)
Área do Terreno 594 m²
Área Construída 450 m²
Início do Projeto 2014
Conclusão da Obra Outubro de 2015
Projeto Teresa d'Ávila
Equipe LP Engenharia e Projetos (consultoria em sustentabilidade)
Colaboradores Cristina Hana Shoji (revisão de atividades e procedimentos); Magrann Associates (auditoria); Leadership in Energy and Environmental Design LEED for Homes, nível Prata - USGBC (United States Green Building Council) - certificação
Projeto de Arquitetura Teresa d'Ávila
Projeto de Paisagismo Studio Atrio + projeto de ecossaneamento e irrigação: Izabel Figueiredo e José Américo Turri
Construção LCP Engenharia & Construções
Projeto de Instalações Elétricas Greenwatt

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