A queda de Dilma

O PMDB decidiu hoje dar trinta dias de sobrevida ao moribundo governo Dilma. Sem o PMDB não haverá governo. 

Se por um lado a queda desse governo atende ao anseio da maioria do povo brasileiro, por outro lado, nos remete, para um quadro de desesperança com a nossa jovem democracia. A queda de Dilma marcará o afastamento do segundo presidente, no período pós-redemocratização. Onde o povo errou? Onde erraram os partidos políticos e a classe política?

Não custa lembrar que o parlamentarismo foi rejeitado duas vezes no período recente. Regime esse, mas afeito a suportar crises de governo e institucionais. Optamos pelo presidencialismo “imperial”. Ocorre que no presidencialismo a crise não é só de governo, mas se torna uma crise de Estado.

Como vamos sair dessa? Certamente vamos entrar num período tenebroso. Os aventureiros nessa hora surgem como salvadores da pátria, quem é mais “velho” já viu isso.

Talvez o grande erro do petismo tenha sido não entender que eles são governo. Nesse segundo mandato de Dilma, o que mais se viu foi o próprio PT sendo contra o governo, isso ruiu a base aliada, que sempre foi frágil.

Vamos agora mergulhar num mar de águas escuras e bravias. Como democrata torço para que possamos superar mais essa crise. Já vive os momentos tensos do fim da ditadura, a travessia no fio da Espada com Sarney, a queda de Collor e agora....Dilma

Obs. Texto escrito sem revisão...escrevo hoje 12/03/2016 – Quem viver verá...