O ataque do PCC

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Na terça-feira (21/3), o presidente Lula manifestou em entrevista ao Brasil 247 ter sentido vontade de “se vingar” de Moro quando foi preso por ordem do então juiz federal. Na manhã de quarta, a PF deflagrou a operação contra o plano do PCC.
Lula, que participou de agendas em estados do Nordeste, não comentou a ação da PF. Já Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, criticou a politização do caso e disse que pessoas “tentam levar o debate político brasileiro ao nível da lama”.
“Não aceitamos isso. (…) Cumprindo a lei, protegemos a vida do nosso adversário. Se nós não tivéssemos agido, poderia haver alguma ilação. Mas a Polícia Federal agiu de modo exemplar. Foi uma decisão da direção da PF atuar de modo exemplar. (…) É repugnante a ação política dessa extrema-direita desvairada, aloprada, querendo desqualificar um trabalho sério da PF, que deve ser homenageado”, destacou Dino.
Operação Sequaz
O objetivo da operação deflagrada pela PF na quarta foi desarticular o plano feito pelo PCC para sequestrar e matar servidores públicos e autoridades.
Os mandados de prisão e busca e apreensão são cumpridos em cinco unidades da Federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
De acordo com as diligências da PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados estão nos estados de São Paulo e Paraná. Nove pessoas foram presas.
O nome da operação – Sequaz – refere-se ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém, devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações das possíveis vítimas.
Motivações
O PCC é uma facção comandada por Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Em 2018, o promotor Lincoln Gakiya pediu a transferência de Marcola de São Paulo para um presídio federal. No início do ano seguinte, o chefe do PCC foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília. Essa seria uma das motivações do plano articulado pelo PCC.
Além disso, durante atuação como ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, Moro propôs, dentre outras medidas, a vedação da visita íntima e o monitoramento dos contatos dos presos, inclusive com os seus advogados, em presídios federais. As ações desagradaram membros da facção.
De acordo com as investigações, o sequestro e a morte de Moro e de outras autoridades seriam executados para obter dinheiro e conseguir o resgate de Marcola, que, no início deste ano, foi trazido do Presídio Federal de Porto Velho (RO) para o de Brasília.


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