Não
gosto de postar o tema religião no meu facebook pessoal. Tenho uma Fan Page para isso. Lá considero o local apropriado.
Mas
a coisa chegou a tal nível que merece uma a reflexão. Está insuportável ver,
ler e ouvir que os evangélicos, são isso, são aquilo, que são 30 % do
eleitorado, etc e tal.
Para
início de conversa os evangélicos não são um grupo homogêneo. Podemos
dividi-los em históricos e pentecostais. Dentro dessa subdivisão quem é majoritário?
Históricos ou pentecostais?
Ditado
judaico: Carroça vazia que faz barulho, carroça cheia ao contrário não faz
barulho. E a maioria?
Vejamos esses dados: As
primeiras pesquisas Datafolha de 2022, por exemplo, mostram que, em nível
nacional, 49% dos entrevistados se dizem católicos, 26% evangélicos e 14% sem
religião — já acima dos 8% sem religião identificados no último Censo. Entre os
jovens de 16 a 24, o percentual dos sem religião chega a 25% em âmbito
nacional.
Não é o grupo católico mais numeroso, pq então não
se fala neles?
Foquemos nos católicos que é a maioria
silenciosa. Por que estão calados? A explicação é que quem fazia barulho num
passado mais longe entre os católicos era a extrema direita, depois veio o
grupo ligado a Teologia da Libertação.
A
extrema direita católica era comandada por Dom Marcel Lefebvre um bispo francês que se
opunha a autoridade da Igreja e do Papa. No Brasil Dom Antonio de
Castro Mayer, Bispo Emérito de Campos, que comandava a TFP fervoroso anticomunista com
sua morte e um racha foram praticamente reduzidos a uma pequena bolha. Temos
ainda o Opus Dei, minúsculo e discreto
Nos
anos 80 a Teologia da Libertação com os bispos e padres progressistas, davam as
cartas e apoiavam teses progressistas e partidos mais à esquerda. Mas o cardeal
João Paulo II,
nascido Karol Józef Wojtyła, junto com seu fiel escudeiro o reacionário Bento XVI nascido Joseph
Aloisius Ratzinger; liquidaram com a Teologia da Libertação e com isso os
adeptos perderam força.
Nunca tivemos no Brasil uma
bancada chamada de católica como temos hoje essa “excressência chamada bancada
evangélica”.
Somos um país laico, onde
existe a separação da Igreja (então a outrora e poderosa Católica) e o Estado.
Os hipócritas fundamentalistas, na mais deslavada mentira, dizem que não querem
o poder, nem uma dominação teocrática. Mas como assim? Querem 30 % dos STF,
querem ministros no STJ evangélicos, bancada evangélica, pautas de costumes
Querem mais o quê? Fim do chope gelado, do carnaval, do Funk, do Samba, do biquíni
da mulher na praia. Cura gay? Eu hein..
Chegou a hora da maioria
entra em cena. O espetáculo começou e quem tem história para contar que conte.
Basta!
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