Presidente Jair Bolsonaro - Alan Santos / Presidência da República |
"O Estado é laico, mas nós somos cristãos. Ou, para plagiar minha querida Damares: nós somos terrivelmente cristãos. E esse espírito deve estar presente em todos os Poderes. Por isso, meu compromisso. Poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal, um deles será terrivelmente evangélico", disse Bolsonaro, aplaudido pelos parlamentares da frente, assessores e convidados que lotaram o auditório Nereu Ramos.
O presidente já havia manifestado antes a intenção de indicar um cristão ou um evangélico para o Supremo, mas sem assumir um compromisso explícito publicamente.
Aos deputados e senadores que acompanhavam o culto nesta manhã, Bolsonaro disse que os evangélicos foram essenciais na inflexão da pauta moral nos últimos anos, a partir de 2010. Segundo ele, a família vinha sofrendo nos últimos governos. "Aquele chavão que era da política passou a ser de todos nós: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", frisou, citando seu slogan de campanha.
Em maio, o presidente já tinha dado sinais de que pretendia emplacar um evangélico no STF, quando fez uma série de críticas à Corte. "Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com a religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. Respeitamos e tem que respeitar. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico?", perguntou o presidente, aplaudido de pé por fiéis que participaram da Convenção Nacional das Assembleias de Deus, em Goiânia, na ocasião.
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