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Marília Arraes e Márcio Lacerda reagem à intervenção

Marília Arraes e Márcio Lacerda reagem à intervenção
Marília Arraes
O acordo entre PT e PSB deixou arestas e, apesar de a neutralidade da legenda na sucessão presidencial não ser o ideal para os petistas por causa do tempo de rádio e TV na propaganda eleitoral, ambos admitem que o desfecho foi positivo. Os dois sacrificados pelo acerto, a vereadora Marília Arraes (PT) e o ex-prefeito Márcio Lacerda (PSB), resistem em manter suas candidaturas ao governo de Pernambuco e Minas Gerais, mas é muito difícil haver uma reviravolta. Juntos, os partidos vão se apoiar em 10 estados.
Depois de recorrer da decisão, o nome de Marília foi confirmado na convenção estadual do partido realizada na noite de ontem. No discurso, a vereadora acusou o PSB de chantagear o PT. “A nossa candidatura é uma necessidade de resgatar a esquerda para o protagonismo político de Pernambuco e não uma falsa esquerda que vira para o lado da direita quando é oportuno e quando é melhor volta para a esquerda como se nada tivesse acontecido”, disse referindo-se ao fato de parte do PSB ter votado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Marília recebeu apoio de lideranças petistas, mas, nesse caso, pesa contra ela a prioridade absoluta dada pela legenda à candidatura do ex-presidente Lula. Caberá ao comando do PT dar a palavra final na reunião que acontece hoje em São Paulo. “O que está em debate é uma perspectiva regional versus uma perspectiva nacional. Eu acho que esse conflito sempre existiu. Eu vejo com naturalidade”, diz o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), integrante do núcleo tático eleitoral do partido. Para ele, é preciso estabelecer um amplo diálogo para aparar as arestas. “Vamos dialogar para ver uma solução que apazigue isso”, completou.
Em entrevista coletiva, Márcio Lacerda também reagiu e disse ser “vítima de um ataque da velha política”. “Da política dos acordos escondidos. Do toma lá da cá. Vou resistir até a vitória em outubro, sou candidato sim”, disse. O PSB mineiro realiza sua convenção no sábado, mas seu nome não deve ser aprovado e a direção da legenda deverá anunciar ainda hoje a adesão à chapa à reeleição do governador Fernando Pimentel (PT).
O acerto entre PT e PSB é resultado de um longo processo de negociação e envolveu lideranças dos dois partidos, mas também contou com a participação do PCdoB. Tudo com o aval do ex-presidente Lula, que de Curitiba orientou petistas e aliados. Maior prejudicado, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) criticou o PT na noite de quarta-feira e afirmou que o partido, ao insistir na candidatura de Lula e tomá-lo como adversário, está “valsando na beira do abismo”. 

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