O ex-presidente disse ter sido condenado com base em mentiras e chamou de 'messiânico' o processo contra ele por causa do triplex.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva partiu para o ataque contra o juiz Sérgio Moro, na manhã desta terça-feira (6) em uma entrevista a uma rádio do Pernambuco, transmitida ao vivo pelo Facebook. O petista chamou o magistrado, que lhe condenou em primeira instância pelo caso do triplex, de “analfabeto político” e ironizou a justificativa que ele deu para requisitar auxílio moradia de R$ 4,3 mil, mesmo tendo salário de R$ 28,9 mil.
“Aprendi uma nova. O povo brasileiro que não tem aumento de salário, por favor, faça que nem o juiz Moro, requeiram auxílio-moradia”, disse. Em seguida, Lula questionou: “Como pode uma pessoa que ganha R$ 30 mil por mês requerer auxílio-moradia porque não teve aumento de salário, enquanto o povo está sendo despejado e as pessoas ganhando salário mínimo pararam de ter Minha casa minha vida”?
Na sexta-feira (2), Sérgio Moro disse ao jornal O Globo que recebe auxílio-moradia para compensar a falta de aumento no salário."O auxílio-moradia é pago indistintamente a todos os magistrados e, embora discutível, compensa a falta de reajuste dos vencimentos desde 1º de janeiro de 2015", afirmou.
Lula chamou a denúncia e as condenações contra ele pelo triplex no Guarujá de “messiânicas” e afirmou que, caso sua inocência fique comprovada, as “pessoas” que mentiram a respeito dele deveriam ser “exoneradas a bem do serviço público”.
Sem plano de fuga
Ao falar para o Rádio Jornal de Pernambuco, Lula disse que enfrentará qualquer punição que lhe for imposta. “A palavra fugir não existe na minha vida.”
O ex-presidente ressaltou, porém, que confia nas instâncias superiores para reverter a condenação a 12 anos e um mês de prisão. “É uma coisa absurda dizer que o PT fez organização criminosa, se preparou para roubar o Brasil, é uma coisa messiânica de alguém que é quase que um analfabeto político”, afirmou, se referindo mais uma vez a Moro. Caso Cristiane Brasil: Gilmar Mendes defende posse de deputada Cristiane Brasil no ministério do Trabalho
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