O caos em que se tornou a vida política nacional fez voltar a
velha e surrada, opinião golpista.
Esquerda e Direita são useiras e vezeiras
nesses artifícios. Mas ambas esquecem que a Carta Magna é a garantia da inviolabilidade
da vida democrática.
Nossa república nasceu de um golpe, dado pelo Marechal
Deodoro contra o Imperador, em seguida o Marechal Floriano deu um golpe em
Deodoro, assim de golpe em golpes, chegamos a Constituição de 88, Constituição
denominada por doutor Ulysses Guimarães como “Cidadã”.
Eleição direta, não é panaceia, onde no dia seguinte tudo
fica bom e a vida todos melhora como numa passe de mágica.
Hoje os que pleiteiam eleições diretas, dizem que esse
Congresso é imoral e corrupto. Sim boa parte é mesmo. Mas então esse mesmo
Congresso imoral e corrupto, pode mudar a Carta Magna, para atender interesses
temporais.
A Esquerda erra quando invoca essa saída. Podemos alterar a Constituição
e quiçá até violar a Constituição como pregam também alguns. Mas esses mesmos
que podem chegar ao poder, poderão num futuro também serem apeados pelo mesmo
entendimento. Está ruim, viramos o jogo.
Respeitar a Constituição e apurar tudo. Brasil peca, por não ter uma legislação
eleitoral definida e firme, além de regras que limitem as legendas sem votos e
de aluguel. Como um partido que não tem representação nacional, dizer que fala
em nome de povo? Cadê os votos? Cadê a representação no parlamento? Ou não é
preciso de votos e de representação? Democracia sem voto e sem eleitor?
O STF errou no passado quando barrou a cláusula de barreiras,
certamente se em vigor, hoje teríamos um número mínimo de partidos, e congressistas
com muito mais representatividade. O tema volta à discussão na reforma
eleitoral, que está sendo gestada. Fim do voto proporcional e coligações. Voto
em lista, etc.
Nesses momentos turbulentos não devemos cair no canto da
sereia. O vento que venta para a Esquerda é o mesmo que venta para a Direita. Respeitar
as regras democráticas é a única alternativa que temos. Vozes inimigas da
Democracia estão à espreita para assumir o papel de sempre. Todo cuidado é
pouco.
Nessa mudança já se fala, que em caso de eleições diretas, não poderiam ser candidatos: Condenados em Primeira Instância, denunciados, ou qualquer postulante que esteja sob investigação.
Nessa mudança já se fala, que em caso de eleições diretas, não poderiam ser candidatos: Condenados em Primeira Instância, denunciados, ou qualquer postulante que esteja sob investigação.
Por derradeiro, por onde anda os eleitores, será tudo culpa
da classe política?
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Por : Jorge Magalhães
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